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terça-feira, 23 de junho de 2015

Paulo Roberto Costa presta novo depoimento sobre políticos no petrolão

Depois de ter colocado os principais políticos da base aliada do governo Dilma Rousseff sob suspeita de integrar o escândalo do petrolão, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa vai prestar novo depoimento na manhã desta terça-feira na Polícia Federal, em Curitiba, para detalhar o papel de parlamentares no esquema que sangrou os cofres da Petrobras. Um dos principais delatores da Lava Jato, Costa foi responsável, por exemplo, pela acusação de que a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010 foi abastecida com dinheiro de propina a partir de um pedido do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci. Palocci e o PT negam irregularidades na arrecadação da campanha.

Em acordo de delação premiada, o ex-diretor da Petrobras afirmou que, em 2010, o doleiro Alberto Youssef intermediou, em nome de Palocci, propina de 2 milhões de reais para a campanha de Dilma. Os valores deveriam ser retirados da propina de 2% cobrada pelo Partido Progressista (PP) em contratos com a Petrobras. "No ano de 2010, [Paulo Roberto] acredita que quando Antonio Palocci já não ocupava nenhum cargo no governo federal, recebeu uma solicitação, por meio de Alberto Youssef, para que fossem liberados 2 milhões de reais do caixa do PP, para a campanha presidencial de Dilma Rousseff", diz trecho da delação do ex-dirigente da petroleira.
O doleiro Alberto Youssef nega esta versão. Nesta segunda-feira a Polícia Federal em Curitiba fez uma acareação entre os dois delatores, mas as diferentes versões sobre o episódio envolvendo Palocci acabaram não sendo confrontadas. Uma acareação específica sobre o tema deve ser reagendada pelos policiais.
A partir das delações premiadas de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, o procurador-geral da República Rodrigo Janot apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de abertura de inquérito para investigar 22 deputados federais, 13 senadores e 12 ex-deputados. No Superior Tribunal de Justiça (STJ) tramitam inquéritos contra os governadores Tião Viana, do Acre, e Luiz Fernando Pezão, do Rio de Janeiro, e contra o ex-governador do Rio Sergio Cabral.
Fonte: Veja

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